Tudo começou em dezembro de 1992, quando Dona Arminda convidou a seus vizinhos da Avenida Felipe dos Santos a fazerem juntas a novena de Natal.
Aceito o convite, ela trouxe o material da Comunidade São João Batista, do bairro Vila Formosa e iniciou o proposto. Esta novena foi abençoada, e todos os participantes sentiram nascer algo de novo em seus corações, transcorreu tão animado, fazendo com que Padre Marcelino celebrasse com eles o nono dia em 25 de dezembro de 1992, tocando a todos profundamente.
Junto desse povo sedento, o padre Marcelino os convidou a criar uma comunidade a partir daquele encontro, para participar de um jeito novo de ser igreja, trabalhando e servindo em uma comunidade pequena. Neste momento não se pensou em nada, as dificuldades seriam pensadas depois e todos disseram “SIM”. Nesta mesma data combinou-se que o dia escolhido para celebrarem seria o sábado.
A cada semana crescia o nosso entusiasmo e a vontade de nos encontrarmos e promover a festa mais bonita, e quando o padre disse que só viria de vez em quando, ficamos assustados; mas, os dons floresceram: cantar, celebrar, refletir, acolher, enfeitar, tudo isso muito conjugado com o verbo amar.
Inicialmente, reuniam-se nas casas das famílias próximas e a Eucaristia vinha pelas mãos de Dona Arminda e Dona Maria Oriente.
Sentimos que tínhamos muito a aprender que a caminhada estava ficando bonita por demais. Nosso querido padre Ernesto, se derretia de amor por nós.
Os primeiros celebrantes foram Vera Tempone e Mindinha. Posteriormente, o pároco, Padre Ernesto, convidou o senhor Luís Pedretti e Elma Guidine para assessorar e pudessem caminhar conosco, nos amparando nas dúvidas e dificuldades.
“Um dia na casa da Marta, eu, Vera, estava com muito medo de fazer a homilia mas, na hora “H” a Valdicéia levantou a mão e falou para nós a palavra de DEUS com muita sabedoria”.
Juntamente com dona Almeny, seu esposo José, Iliane e Amanda, organizaram o 1º ministério de música de nossa comunidade que depois de algum tempo foi enriquecida com as presenças de Vlander e Meire Vone. Dona Tozinha era chamada de garganta de ouro de tanto que cantava.
Queríamos avançar mais e o 1º grupo de trabalho a existir foi apontado numa reunião a luz de velas (falta energia naquele dia). Reuniram-se na casa de Vera Tempone para criar a primeira Comissão Financeira da Comunidade e organizar o Dízimo, sendo eleito Luís Pedretti como presidente, Vera Tempone como primeira tesoureira, Aparecida Nardy segunda tesoureira e Elma Guidine seria a secretária.
O primeiro investimento da Comunidade foi a compra dos paramentos litúrgicos. Desde então, começaram a pensar em local fixo para se reunirem. Oh! Como achávamos difícil pagar a âmbula.
Ao mesmo tempo organizávamos a pastoral do dízimo com 11 membros que ofertavam com alegria e se encarregavam de convidar outras pessoas para participarem da comunidade.
Como celebrávamos nas casas e isto gerava um pouco de desconforto e trabalho para o Roberto do Sr Vieira, que sempre foi o responsável pelas comunicações na comunidade; um dia a Elma se sentiu tocada abrindo espaço em sua própria casa para usarmos enquanto fosse necessário e sem pagar aluguel; a partir daí, o primeiro impulso foi organizar a catequese.
Uma das pioneiras da fundação da nossa comunidade foi a Alice que foi morar em um acampamento de sem terras em Rondônia, ela fazia o grupo de reflexão acontecer. Doou o primeiro filtro de água e junto com a Mindinha, saiu pelas casas abordando as famílias e cadastrou crianças e adolescentes. Deram um pouco de suas vidas para que nossas crianças tivessem educação na fé.
Valdicéia e Alice foram às primeiras coordenadoras da catequese, que depois expandiu e cresceu nas mãos hábeis de nossas queridas tia Leila e Inês Afonso, atendendo a um forte chamado da comunidade.
A caminhada estava cada vez mais bonita e daí nasceu o grupo de jovens STAC com Lau, Kelly, Gilmar, Sandrinha, Ricardo, Aroldo e tantos outros.
Continuávamos a sonhar…
O espaço era precário e, dessa forma, o sonho da Comunidade, que fora batizada pelo nome de “Felipe dos Santos”, era adquirir um terreno para a construção da Igreja.
Nesse processo, surgiu a oportunidade de aquisição do mesmo, mas as posses da comunidade eram insuficientes.
O pároco, muito sensível às dificuldades do povo, conseguiu um empréstimo particular com o Bispo Dom Lélis Lara, para complementar os R$ 3.180,00, dos R$ 16.000,00 necessários à compra, onde pagaríamos o restante em prestações de R$ 200,00 possibilitando a efetivação da compra. Após dois anos, tivemos a grata surpresa; Dom Lélis mandou avisar através do padre Buião, que reconhecendo o nosso esforço e a nossa luta, a partir daquela data estava perdoada a nossa divida.
Nesse tempo, a igreja “POVO” foi se consolidando e o templo foi erguido na Rua Odino Gonçalves, 298, Cidade Nobre. A pedra fundamental foi lançada quando Jacy Guidine e Vlander eram da comissão financeira. Após 11 festas juninas, 10 feijoadas, 1 festival de sorvetes, 5 rifas, contribuições voluntárias, chás e etc; e principalmente por partilha e união do grupo, temos hoje este bonito templo onde nos reunimos
No início, só existia o espaço das salas de catequese, onde eram realizadas as celebrações eucarísticas e os demais eventos. Tempo depois, foi construída a Igreja. Com o apoio de várias doações, foi feito o piso e o forro, a compra dos bancos e toda a estrutura que existe hoje.
Nesse ínterim, fundou-se na Comunidade o grupo de Vicentinos Santo Expedito e o grupo FASC de Pastoral Familiar.
Aqui nestes bancos estão sentadas pessoas que ouviram e atenderam ao apelo de DEUS quando disse “A messe é grande”. Acreditamos mesmo que DEUS sempre está à frente e capacitando os escolhidos. Amamos e fazemos desta comunidade a nossa vida. Aprendemos com a maturidade presente e ausente, com as crianças e jovens, e eles sabem que podem contar conosco.
Foi com muita luta e alegria que promovemos a “1ª festa da gratuidade” e também o natal dos excluídos.
Aqui já aconteceram muitos eventos como casamentos e batizados.
Muitas pessoas contribuíram na caminhada dessa Comunidade e não se encontram mais conosco. Outros vieram e têm feito um bonito trabalho, doando suas vidas em prol da evangelização.
Hoje sabemos que nossa comunidade nasceu vitoriosa e que ela não terá fim, pois foi fundamentada no Espírito Santo. Somos orgulhosos porque DEUS lançou a semente e nos entregou para dela cuidarmos a fim de produzir bons frutos. Somos uma comunidade consolidada, e nossa marca será sempre o acolhimento, a simplicidade e a obediência.
A liturgia é o fruto de grupos de base, como a Reflexão, que deu origem à Comunidade e continua alicerçando a evangelização e o espírito missionário.
Agradecemos a todos que fazem desta comunidade, não importando quando chegou.
Podemos dizer: Pertenço a uma comunidade de FÉ, com 20 anos de caminhada o seu nome é COMUNIDADE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS!
Obrigado a todos que contribuíram desde o processo da fundação até o momento presente.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e a virgem Maria!
Que DEUS abençoe a todos!
Relação das lideranças de pastoral e movimento