Entre os dias 13 e 22 de junho de
2012 no Rio de Janeiro, estará ocorrendo a Rio+20.
Essa conferência visa celebrar o aniversário
da Rio 92, a qual traçou algumas metas a acerca
do desenvolvimento sustentável.
A humanidade está presenciando as consequências
de um suposto avanço tecnológico, pois
a partir da Revolução Industrial tem
ocorrido um busca desenfreada de novas conquistas
com descobertas no tocante a instauração
de usinas, indústrias, habitações,
prédios cada vez mais luxuosos, explorações
na área científica, petróleo
(pré-sal) dentre outros. Em contrapartida,
para cada evolução ocorre uma degradação
do meio ambiente. É notável o aumento
da ocorrência de terremotos, maremotos, seca
extrema em alguns lugares e enchentes em outros, poluição,
doenças, devastação da flora
e da fauna. Nesse contexto, a vida no (do) planeta
está ameaçada.
Ao relembrar a ECO92, pode-se observar que houve
um certo grau de conscientização por
parte da sociedade e autoridades, porém isso
ainda requer um trabalho mais voltado para essa questão.
Tendo como exemplo, o Tratado de Kyoto assinado durante
essa conferência, um dos que mais poluíam
(e poluem), os Estados Unidos, se negaram a assinar
tal documento. Mas, o lado positivo é que a
partir de 1992 houve uma preocupação
com a questão da reciclagem de lixo, bem como
aumento de leis e decretos priorizando a preservação
do meio ambiente, comprometimento de empresas privadas,
criação de setores ambientais, promoção
de cursos voltados a essa temática.
A Rio+20 constituem momento de reflexão e
tem como o objetivos: renovar o compromisso do desenvolvimento
sustentável, avaliar o que tem sido feito até
o momento, a partir do resultados dos encontros sobre
o desenvolvimento sustentável e apontar novos
e urgentes desafios. Segundo José Gutemberg,
físico da USP e secretário do Verde
e Meio Ambiente em 92, a Rio+20 podem não
fazer diferença. Já Celso Lafer,
que era ministro das Relações Exteriores
na mesa época afirma que a Rio+20 vai
ser importante de qualquer forma.
A questão é urgente: se os recursos
naturais continuarem a seres explorados de forma inconsciente
e devastadora, a vida no planeta Terra estará
assinando um termo de abreviação. De
acordo com José Gutemberg (professor da USP
e secretario Especial do Meio Ambiente em 1992), para
salvar a Rio+20 seria preciso a adoção
de protocolos e de prazos para cumpri-los por meio
de instrumentos legais.
Diante de tudo isso, este encontro será o
momento no qual os representantes e chefes de Estado,
juntamente com a sociedade civil, empresas estarão
(ou não) comprometendo-se de uma vez por todas
com a qualidade da vida futura. Isso significa admitir
até onde houve erro, estabelecendo metas voltadas
ao desenvolvimento sustentável que nunca foi
sinônimo de falta de progresso.
Pe. Luís Carlos de Cerqueira
Pároco