Questionamentos acerca de quando a
vida é iniciada e quando termina sempre fizeram
parte da realidade humana. Para católicos e protestantes
ela começa na própria fecundação,
sendo que essa opinião também é
sustentada pela Embriologia. Já para os neurocientistas
há vida quando o feto começa a ter sensações,
a exemplo da dor.
O Presente artigo visa trazer uma breve reflexão
a respeito da continuidade ou interrupção
da vida que é o aborto.
Sobre essa questão Henry Miller, escritor
americano afirma que não conheço
maior crime do que matar o que luta para nascer.
Ou seja : para esse estudioso o aborto é um
crime contra um individuo que ainda não tem
condições de se defender. Por essa mesma
linha de pensamento, o Papa Paulo VI, na Encíclica
Humanae Vetae argumenta que o aborto deve ser proibido
por conta de questões Morais , já que
tal processo bloqueia a trajetória da vida
humana.
Muitos chegam a afirmar que a mulher grávida
é dona do seu próprio corpo
porém tal colocação chega a ser
egoísta pelo fato do feto/embrião estar
alojado naquele corpo e não fazer parte dele
como se fosse um olho,rim ou fígado.
A justiça brasileira é rígida
no tocante a esse tema: o aborto é crime e
só é aceitável em
situações nas quais a futura mãe
corra risco de morte, tenha sido estuprada ou o futuro
bebê tenha alguma má formação
vital.
Porém enquanto isso o número de crianças
que são assassinadas antes de virem ao mundo
aumenta em meio a argumentos deslocados como não
estou preparada para isso, ainda não
é a hora de ser mãe ou simplesmente
não quero ter filhos.
Até quando essa prática descomprometida
com a vida continuará ocorrendo? Diante disso
a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)
afirma que é contra a legalização
do aborto, bem como uso de células tronco
embrionária e da reprodução assistida,
dentre outros. Um bom exemplo disso foi a Campanha
da Fraternidade do ano de 2008 intitulada Fraternidade
e Defesa da Vida.
Na verdade está havendo uma banalização
da vida até mesmo por parte da mídia:
hoje aborto está na moda. Essa
desumanização do feto está fazendo
com que as pessoas também se vejam como descomprometidas.
Para se evitar uma gravidez simplesmente deve-se usar
o preservativo e caso esqueçam ou a mesma estoure,
é só utilizar a pílula do dia
seguinte. A partir daí outras práticas
podem ocorrer até se chegar ao aborto. E até
onde e quando isso irá parar?
Diante disso urge-se uma tomada de atitude e consciência
por parte de todos que formam a sociedade. A vida
deve vir em primeiro lugar. O aborto não é
um método de planejamento familiar, tampouco
uma via para construção de uma sociedade
melhor. Também é aceitável frisar
que tais reflexões não partiram apenas
da visão unilateral de um religioso,
pois como foi demonstrado no decorrer desse trabalho,
até mesmo a ciência demonstra ser contra
essa prática.
Pe. Luís Carlos de Cerqueira
Pároco